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Bra.I.N Math
A Braziliam Italian Network of Mathematicians
A entrevista de
Aron Simis
 para o











            
Aron Simis, Professor Emerito da Universidade Federal de Pernambuco, Membro da Academia Brasileira de Ciências, Membro da TWAS, Gran Cruz de honra ao merito cientifico, outorgada pela Presidencia da Republica,  aceitou cortesemente de responder à algumas perguntas do  Bra.I.N Math.






Bra.I.N Math.O Senhor tem contatos com matematicos italianos faz quanto tempo?

Aron Simis. Pelo menos desde o início dos anos oitenta (1980-81)

BM. Julga importante a colaboraçao entre matemáticos italianos e brasileiros?

AS. De extrema importância, não resta dúvida. Na minha visão, embora o Brasil haja sido recentemente promovido ao Grupo V do IMU - portanto o grupo mais alto, junto com a Itália -  temos muito que aprender na vasta e tradicional matemática italiana, desde tempos de antanho.

BM. Ha muito italiános trabalhando no Brasil, em todo o Pais. O senhor nao acha que deveria ser alcançado um equilibrio, com muito matematicos junior e senior também trabalhando na Itália?

AS. Faltam-me os dados para acompanhar os números da presença de italianos (matemáticos, imaginando que estejamos falando desses). Esta presença, numerosa ou não, sempre foi importante no Brasil, desde os primeiros tempos quando a Universidade de São Paulo acolheu alguns deles. Quanto à presença inversa, tenho ainda menos números - exceto por alguns dados esparsos.  O que se sabe é que existe uma longa fila de jovens brasileiros, de origem italiana, querendo se mudar para a bela Itália. Talvez fosse uma excelente oportunidade de motivar os matemáticos, dentre aqueles, para se candidatar e, se possível, receber um tratamento mais diferenciado.

BM. O Senhor foi um dos organizadores, junto com o Professor Ciro Ciliberto, da primeira reuniao conjunta UMI-SBM. Achou imprtante? Acharia importante planejar uma segunda reuniao, talvez na Italia?

AS. A resposta é "sim" para ambas. Sem sombra de dúvida!

BM.
Qualquer coisa a mais que o senhor gostaria acrescentar?

AS. Por brevidade, gostaria apenas de acrescentar que os passos na direção de incrementar um maior inter-relacionamento entre as duas comunidades matemáticas devam visar uma reciprocidade inteligente. Não é suficiente promover o Brasil ao nível V do IMU, é preciso de fato fazer justificar este passo através de uma maior interação com a cultura matemática clássica, a Itália sendo um dos vértices desta cultura. Devemos induzir os jovens matemáticos brasileiros a buscar a Itália, sim, mas não pela razão da crise financeira brasileira, e sim pela importância da cultura italiana. Pois a matemática não é só avanço tecnológico, mas cultura também.